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Márcio Pavan, Rafaela Bruno, Fernando Genta, Yara Traub-Cseko e Rayane de Freitas ( IOC - Fiocruz). Foto: Ricardo Schmidt

 

Um consórcio internacional de cientistas, com participação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), decodificou o genoma completo de duas espécies de flebotomíneos, vetores de leishmanioses. Os insetos Lutzomyia longipalpis e Phlebotomus papatasi tiveram o DNA sequenciado pela primeira vez, com caracterização de genes associados a comportamentos importantes na transmissão das doenças. Os resultados foram publicados na revista científica ‘Plos Neglected Tropical Diseases’.

As leishmanioses são um grupo de doenças causadas por parasitos do gênero Leishmania, que são transmitidos para as pessoas pela picada dos flebotomíneos. Esses insetos são popularmente conhecidos como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras ou birigui, entre outros nomes. A infecção pode provocar lesões de pele, mucosas (como boca e nariz) ou órgãos internos (como fígado e rins), o que pode ser fatal se não houver tratamento adequado. 

O Brasil é um dos países mais afetados pelas leishmanioses no mundo. Por ano, são registrados 21 mil casos de leishmaniose tegumentar (que atinge a pele ou as mucosas) e 3,5 mil casos de leishmaniose visceral (que atinge órgãos internos), segundo dados do Ministério da Saúde.

De acordo com os autores do estudo, o sequenciamento do genoma dos vetores abre portas para expandir pesquisas, incluindo a busca de novas estratégias de controle vetorial.

“Para ações de controle e vigilância, você precisa conhecer bem o seu alvo. O sequenciamento do genoma abre uma ‘avenida’ de investigações sobre a biologia dos flebotomíneos e fornece uma base de dados para buscar ferramentas específicas e eficazes contra esses vetores”, ressaltou o chefe do Laboratório de Bioquímica e Fisiologia de Insetos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Fernando Genta.

“Durante muitos anos, o conhecimento sobre genética de insetos foi baseado em Drosofila melanogaster, a mosca da fruta. Depois, tivemos sequenciamentos de genoma completo de mosquitos, de barbeiro, mas ainda não havia para flebotomíneos, que são vetores de grande importância epidemiológica. Esse projeto mostra que há sequências conservadas, mas também diferenças importantes entre as espécies estudadas”, pontuou Rayane Teles de Freitas, doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC.

O esforço para sequenciar os genomas dos insetos reuniu mais de 70 pesquisadores, de 13 países. O grupo teve participação de 15 cientistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), de seis dos laboratórios: de Biologia Molecular de Insetos; Biologia Molecular de Parasitos e Vetores; Bioquímica e Fisiologia de Insetos; Doenças Parasitárias; Interdisciplinar de Vigilância Entomológica em Diptera e Hemiptera; e Mosquitos Transmissores de Hematozoários. Na Fiocruz, participaram também pesquisadores do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz-Bahia) e Instituto René Rachou (Fiocruz-Minas).

 

Genes mapeados

Da concepção à publicação dos resultados, o projeto levou mais de 15 anos para ser executado. Entre os desafios, os pesquisadores precisaram lidar com a diversidade dos flebotomíneos. Insetos do gênero Lutzomyia transmitem a infecção nas Américas, enquanto vetores do gênero Phlebotomus propagam a doença na Europa, Ásia e África. Ao todo, são dezenas de espécies com papel reconhecido na transmissão das leishmanioses.

Nesse cenário, os cientistas selecionaram uma espécie importante de cada gênero para a pesquisa. O inseto Lu. Longipalpis é encontrado nas Américas Central e do Sul, inclusive no Brasil, onde transmite a Leishmania infantum, que provoca leishmaniose visceral. A espécie Ph. papatasi está presente na Europa, Oriente Médio e Norte da África, transmitindo o parasito Leishmania major, que causa leishmaniose cutânea.

Analisando o genoma completo dos vetores, os pesquisadores caracterizaram genes associados a comportamentos que interferem na capacidade de transmitir a infecção e podem ser alvo em estratégias de controle vetorial. Como exemplo, os autores citam genes que regulam o ritmo circadiano e a resposta imune dos vetores.

“Os genes de ritmo regulam comportamentos dos vetores em resposta às variações diárias de luz e temperatura. Isso tem relação com a competência vetorial porque influencia, por exemplo, a busca de criadouros e os horários de picadas”, explicou a chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Insetos, Rafaela Bruno. 

“A anotação desses genes forma um banco de dados que pode ser explorado em outras pesquisas”, completou o pesquisador do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários, Márcio Pavan.

“Quando são infectados por Leishmania, os flebotomíneos desenvolvem uma resposta imunológica, assim como os seres humanos. Conhecer os genes de imunidade do inseto é importante, por exemplo, para identificar alvos para bloquear a infecção no vetor”, afirmou a pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Parasitos e Vetores, Yara Traub-Cseko, citando projetos em curso no Laboratório que buscam desenvolver vacinas capazes de bloquear a transmissão de leishmanioses. 

Nos diferentes grupos de genes caracterizados, as análises revelaram semelhanças e diferenças entre as duas espécies de flebotomíneos estudadas. 

“Vimos que a maquinaria de enzimas que o inseto usa para digerir proteínas tem muitas moléculas conservadas nas duas espécies. Já na digestão de açúcar, existe mais variação. Lu. longipalpis têm um arsenal de enzimas para digestão de açúcares mais diversificado, o que pode ser associado com a exposição a maior diversidade de plantas nas Américas. Essa pode ter sido uma das forças evolutivas desse genoma”, avaliou Fernando. 

O estudo incluiu ainda análises de populações de cada vetor encontradas em diferentes localidades com o objetivo de mapear a variabilidade genética interna de cada espécie. Rafaela destacou a importância dessa investigação uma vez que diversos dados apontam para a caracterização de Lu. longipalpis como um complexo de espécies, reunindo vetores com aparência muito semelhante, mas que podem ser classificados como espécies distintas por causa de diferenças comportamentais e genéticas.

“Realizamos coletas em diferentes locais do Brasil onde aparentemente encontram-se espécies diferentes do complexo. A análise genética dessas populações mostrou diferenças importantes, que reforçam que Lu. longipalpis é um complexo de espécies”, disse a pesquisadora.

 

Sobre o sequenciamento

O genoma dos flebotomíneos (como o de outros insetos, animais e, inclusive, do ser humano) é formado por milhões de pequenas moléculas, chamadas de nucleotídeos, que são identificados pelas letras A, C, T e G. Quando dizemos que o genoma completo dos vetores foi sequenciado, isso significa que os cientistas descobriram a ordem das moléculas que formam o DNA dos insetos. 

Porém, isso é só o começo do trabalho. Os genes são trechos do DNA que orientam a produção de proteínas e outras moléculas que formam o organismo e regulam comportamentos. Se o DNA é um código, identificar os genes corresponde a decodificar a mensagem inscrita no genoma.

No estudo recém-publicado, os pesquisadores constataram que o DNA de Lu. longipalpisé composto por cerca de 150 milhões de pares de nucleotídeos, contendo mais de dez mil genes. No DNA de Ph. papatasi, foram detectados aproximadamente 350 milhões de pares de nucleotídeos e anotados mais de 11 mil genes. 

A grande diferença no tamanho dos genomas foi explicada pela presença de muitos trechos repetitivos no DNA do vetor do Velho Mundo. A presença desses segmentos, que não correspondem a genes, é associada com o padrão de evolução das espécies.

“O sequenciamento do genoma completo forma um banco de dados. Se um pesquisador resolve estudar uma coisa nova, que ninguém estudou antes, ele tem essa fonte para fazer comparações e identificar novos genes ou variações em sequências, para aprofundar o que não sabia”, salientou Yara.

 

Fonte: Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz. Por Maíra Menezes com edição de Vinicius Ferreira. Publicado em 13/07/2023 - Atualizado em 18/07/2023

 

 

 

 

 Estão abertas as inscrições para o “Pew Latin American Fellows Program in the Biomedical Sciences - 2023/2024”. Este programa oferece apoio para jovens cientistas da América Latina realizarem treinamento de pós-doutorado em laboratórios de excelência nos EUA. O programa oferece bolsa no valor de U$ 30.000/ano, durante 2 anos, e um prêmio adicional de U$70.000 aos contemplados que confirmarem regresso à América Latina. Este prêmio adicional se destina à aquisição de equipamentos e insumos para auxiliar no estabelecimento de um laboratório de pesquisa independente do bolsista repatriado. Este programa contempla todas as áreas das Ciências Biomédicas.

Baixe aqui o pdf com a chamada oficial do Programa.

 

 

 O Programa Pew Latin American Fellows foi criado em 1990. Desde então, o Pew ajudou a promover as carreiras científicas de quase 300 bolsistas. Ex-bolsistas do Pew podem ser encontrados em cargos de liderança em diferentes institutos de pesquisa em toda a América Latina. Todos os anos, o Pew concede 10 bolsas a pesquisadores de destaque da área biomédica da América Latina para treinamento de pós-doutorado nos EUA.

As inscrições estão abertas e o prazo para se inscrever vai até o dia 16/08/2023. Antes de se inscrever no Programa, o candidato precisa obter um laboratório "patrocinador" nos Estados Unidos. Para tirar dúvidas de como é o programa e como se inscrever, o Pew Latin American Fellows Program preparou em seu site uma aba com perguntas e respostas: https://www.pewtrusts.org/en/research-and-analysis/fact-sheets/2018/04/frequently-asked-questions-about-the-pew-latin-american-fellows-program. Se preferir você pode baixar aqui o pdf com a FAQ.

Como parte de seus materiais de inscrição, os candidatos devem enviar uma declaração por escrito descrevendo como irão promover sua carreira de pesquisa na América Latina após a bolsa Pew e como irão apoiar o desenvolvimento de suas respectivas comunidades científicas e infraestrutura. No momento da inscrição, os candidatos não precisam ter compromisso de cargo e espaço laboratorial após a bolsa. Para solicitar acesso ao portal de inscrição, é necessário enviar um e-mail para fellowsapp@pewtrusts.org.

 

Criterios de elegibilidade 

# Deve ter obido um Ph.D. e/ou MD entre 6 de junho de 2018 e 1º de fevereiro de 2024.

# Será dada preferência aos candidatos que receberam seus diplomas de graduação e pós-graduação em instituições da América Latina.

# Os candidatos podem ter obtido seus diplomas de graduação ou pós-graduação em uma escola fora da América Latina, mas preferencialmente não nos Estados Unidos.

# Os candidatos a MD cujo diploma foi concluído antes de 6 de junho de 2018 podem entrar em contato com o escritório do programa para discutir a elegibilidade.

# Não ter iniciado o treinamento de pós-doutorado nos EUA antes de 1º de janeiro de 2023.

# Deve ter um compromisso de patrocínio de um laboratório nos EUA para realizar pesquisas de pós-doutorado para completar sua candidatura

#  Não será considerada a inscrição do candidato que tiver concluído o trabalho de pós-graduação com o patrocinador Pew proposto.

 

Maiores informações podem ser encontradas nos links abaixo ou diretamento com os membros do Comitê Regional Brasileiro: Leonardo K. Teixeira (Inca), Kelly G. Magalhães (UnB), Rodrigo S. Galhardo (USP) e Daniel Y. Takahashi (UFRN). Acesse neste Pdf com a chamada oficial para o Programa, os contatos de email e telefone dos membros do Comitê Brasileiro no Pew.

https://www.pewtrusts.org/en/projects/pew-latin-american-fellows/program-details

https://www.pewtrusts.org/en/projects/pew-latin-american-fellows/to-apply

 

 

 

Desde o último evento “pé na areia”, realizado em julho de 2019, que o Grupo Arthromint não se reúne presencialmente. Torça pra fazer sol. A espera acabou…! Depois de 4 anos se encontrando pela telas virtuais, o próximo Encontro Anual do Grupo Arthromint já tem data e local para acontecer: 27 a 30 de julho de 2023, na paradisíaca Ilha Grande/RJ. 

 

Será que a paisagem mudou? Rostos conhecidos envelheceram? No que a pesquisa em entomologia molecular evoluiu…? Será que vai ter o concurso Garota e Garoto Arthromint? Em 2019, o Grupo Arthromint estava em seu 23º Encontro Anual.  De lá pra cá, com a pandemia de Covid-19, esta contagem parou.  Os pesquisadores deram inicio aos eventos online. Ao todo foram quatro edições virtuais. Com o controle da pandemia, finalmente a contagem regressiva para o 24º Encontro já pode recomeçar.

 

 

 

O Arthromint  possui um formato inovador que favorece o intercâmbio direto entre estudantes e pesquisadores de diferentes níveis acadêmicos, em um ambiente completamente atípico para os congressos. A natureza” - observou o Prof. Rodrigo Pedro Pinto Soares do Centro de Pesquisas René Rachou/FIOCRUZ. Rodrigo, que esteve a frente da organização do evento em 2010, em Ilha Grande,  esse ano assumiu o desafio de coordenar a realização do primeiro Encontro Arthromint presencial pós-pandemia, junto com pesquisadores de Minas Gerais.

 

O primeiro Arthromint presencial, pós-pandemia

Uma edição para ficar no história. A expectativa é grande para o retorno presencial deste Encontro, que é referência como um dos principais eventos científicos da área de entomologia e helmintologia realizado regularmente no Brasil, ao promover a integração entre as mais diversas áreas de pesquisa, como fisiologia, genética, evolução, ecologia, controle, sistemática, epidemiologia, interação parasito/hospedeiro, comportamento, entomologia molecular, dentre outras. No Arthromint os estudantes e pesquisadores estão unidos e debruçados sob uma mesma causa: compreender a natureza de artrópodes e helmintos no intuito de descobrir novas formas de controle de doenças transmitidas por vetores no Brasil e no mundo.

Neste retorno ao formato presencial, o evento segue a mesma fórmula vencedora de edições anteriores: as apresentações serão ao ar livre. Caravanas regionais sairão dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro em direção a um cais, em Angra dos Reis, de onde sairão barcos para as pousadas – Recanto dos Pássaros e Maria Bonita, em Ilha Grande, RJ.  

De quinta a domingo (27 a 30 de julho), os “arthromínticos” irão desfrutar de quatro dias de uma extensa programação. Um toldo será montado no gramado da Pousada Recanto dos Pássaros para abrigar as palestras plenas noturnas e as mesas, aleatórias e temáticas, realizadas durante o dia. Quer dizer, abrigar parte delas, pois muitos grupos optam por levar suas respectivas mesas para frente do mar ou para baixo das árvores, a fim de encontrar um local mais aconchegante para as suas discussões.

O Arthromint mantém a tradição de fazer um encontro bem informal. A única regra é se misturar. O quanto mais híbrida e aleatória for a composição da mesa, melhor para o aluno sair com um olhar diferente sobre a sua pesquisa. E essa se tornou a marca registrada do evento” - observou Emerson de Avelar, responsável pela secretaria do evento, revelando que o Arthromint usa um software para “misturar” os participantes, tornando as mesas "as mais aleatórias possíveis". 

Para favorecer ainda mais a integração entre participantes, Emerson adiantou que, como de costume, na primeira noite, terá uma festa oferecida pelo Estado organizador da edição, esse ano foi Minas Gerais. Uma noite com vinhos e queijos mineiros é o que promete a Comissão Organizadora deste 24º Encontro. Para não desvirtuar, antes da festa, vamos às palestras…

 

Confira os palestrantes do Arthromint 2023

Erich Loza Telleria

 

 

Na noite de abertura do evento, quinta-feira, 27/07, o Arthromint irá trazer duas conferências para inspirar os jovens estudantes.  A de um jovem pesquisador brasileiro e de um pesquisdor sênior, ambos atuantes na República Checa.

Erich Loza Telleria é médico veterinário, pesquisador brasileiro formado pelo Instituo Oswaldo Cruz (IOC). Considerado como uma “cria” do Arthromint, Telleria  atualmente trabalha na Charles University, em Praga, na Republica Checa. Sua abordagem de pesquisa é focada na biologia molecular, usando a expressão gênica e o silenciamento gênico como ferramentas para entender os eventos moleculares envolvidos na interação entre insetos e os patógenos que eles transmitem.

 

 

 

Dr. Petr Volf

 

Dr. Petr Volf é um pesquisador consagrado, professor do Departamento de parasitologia da Charles University, em Praga, Republica Checa. Ele é reconhecido internacionalmente por ter sido responsável por estabelecer uma coleção única de colônias de flebotomíneos e um laboratório CL2 para infecções experimentais de flebotomíneos por Leishmania.

Na tarde de sábado, 29/07, a dupla de conferencistas também irá apresentar uma mesa temática sobre técnicas aplicadas a estudos da interação Leishmania-flebotomíneo. Alem desta mesa temática, mais outras 12 estarão sendo apresentadas simultaneamente. Confira neste link a relação completa dos temas e escolha três mesas, por ordem de prioridade, para indicar na sua inscrição.

 

 

Marcus Vinicius de Lacerda

 

Controle Vetorial para Malaria. Quo Vadis? Foi esse título, que inspira uma reflexão,  que Marcus Vinícius Lacerda, médico infectologista, especialista em saúde pública do Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Amazônia), colocou na palestra que irá ministrar na noite de sexta, 28/07, no Arthromint. Com mais de duas décadas de experiência em pesquisas com doenças infecciosas, a rede de pesquisadores que Marcus coordena em Manaus virou referência internacional nas chamadas doenças tropicais. 

Em 2020, Marcus esteve à frente de um estudo pioneiro no país sobre o uso de cloroquina em pacientes com covid-19 (o Clorocovid) e se tornou alvo de ameaças de morte e ofensas pessoais por conta de seu estudo que  demonstrou que o medicamento, não apenas era ineficaz, como poderia apresentar riscos aos pacientes infectados pelo novo coronavírus.O estudo publicado no Journal of the American Medical Association (Jama), uma das revistas científicas mais conceituadas do mundo, foi fundamental para que a cloroquina parasse de ser prescrita para covid-19 nos Estados Unidos.

 

 

Mary Ann McDowellO Ciclo de Conferências plenas do Arthromint se encerrará na noite de sábado, 29/07, com a palestra da  Dr. Mary Ann McDowell, da Notre Dame University, nos EUA.  A pesquisadora explora a infecção por Leishmania como um modelo para abordar questões imunológicas e de biologia celular fundamentais. Dr. McDowell coordena um projeto  que avalia a viabilidade de usar a saliva do flebotomíneo como um componente de vacina para combater a leishmaniose, avaliando as respostas imunes humanas à saliva do flebotomíneo e a variabilidade genética das populações de flebotomíneos no Oriente Médio. 

Além disso, o laboratório McDowell coordena um esforço internacional para sequenciar o genoma de duas espécies de flebotomíneos. Eles também utilizam dados do genoma do vetor de insetos para a identificação e triagem de novos alvos de inseticidas e caracterizam ainda mais o papel que esses alvos desempenham na biologia de mosquitos e flebotomíneos.

 

 

Contagem regressiva para o evento presencial

 

Na programação deste XXIVº  Encontro Anual do Grupo Arthromint está prevista a realização de quatro palestras, três sessões de mesas aleatórias e 13 mesas temáticas apresentadas por docentes e pesquisadores experientes. A programação é intensa, mas após o encerramento do evento na manhã de domingo, será hora de passear, conhecer os arredores  e quem sabe dar um mergulho na Lagoa Azul. Capriche no seu trabalho, arrume a mala, coloque um sorriso no rosto e  torça pra fazer sol! Se você ainda não garantiu a sua vaga, corra... As inscrições para o evento vão até o dia 15 de junho ou até atingir o limite máximo de 200 participantes. 

Dica: Se você é Artormíntico (a) de primeira viagem e quer conhecer melhor a história deste evento, que ano que vem estará completando bodas de prata, acesse a conferência "Do Arthromint ao Arthropodium: reflexões sobre uma caminhada de 25 anos" ministrada pelo Dr. Hatisaburo Masuda, Prof. Emérito do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis /IBqM/ UFRJ  disponível no canal do youtube do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Entomologia Molecular (INCT-EM). 

Link youtube: https://youtu.be/X_tXWXNwbc0

 

 

Acesse o site do evento para fazer sua inscrição: https://sbpz.org.br/arthromint

Dúvidas devem ser encaminhadas para o email: grupoarthromint@gmail.com

 

O INCT-EM junto com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ),  é um dos patrocinadores do XXIVº  Encontro Anual do Grupo Arthromint.

 

Por Lúcia Beatriz Torres, jornalista do INCT-EM

 

Após o sucesso das 4 edições virtuais do Encontro do Grupo Arthormint, este ano a tradicional e tão aguardada edição presencial voltará a ser realizada no paradisíaco cenário de Ilha Grande, no Rio de Janeiro.  O evento acontecerá entre os dias 27 e 30 de julho de 2023. Reserve a data em sua agenda! Na programação desta XXVI edição  do Encontro do Grupo Arthormint está prevista a realização de quatro palestras, sendo duas no primeiro dia e uma a cada noite dos dias seguintes. Haverá também três sessões de mesas aleatórias e 12 mesas temáticas diferentes apresentadas por docentes e pesquisadores experientes.

As inscriçōes já estão abertas, corra para garantir sua vaga, pois a edição presencial possui um número máximo de participantes devido a capacidade de hospedagem das pousadas da região. Confira a programação abaixo e acesse o site do evento para saber todas as informações e regras e prazos para participação: https://sbpz.org.br/arthromint/

 

 

 

 

 

A seção de Entomologia Molecular, do Laboratório de Malária e Pesquisa Vetorial do NIAID/NIH, localizado na cidade de Rockville, em Maryland, EUA, está procurando um bolsista de pós-doutorado para se juntar a uma equipe interdisciplinar de pesquisadores focada em entomologia médica. O principal objetivo da pesquosa é entender o papel da saliva na alimentação sanguínea e na transmissão de patógenos por artrópodes. 

O cargo requer mérito científico significativo e qualificações acadêmicas avançadas. Espera-se que o candidato selecionado realize trabalhos de bancada complexos e análises técnicas nas áreas de biologia estrutural, bioquímica e biologia molecular, entre outras. 

 

 

A posição é para um contrato inicial de 2  anos de duração ou máxima de 4 anos, com base no desempenho e na disponibilidade de fundos. A bolsa de pós-doutorado está prevista pra iniciar em junho/julho de 2023. Minorias pouco representadas na ciência são encorajadas a se inscrever.

Qualificações:

  • - Doutorado em Ciências Biológicas ou áreas afins, com até 6 meses de pós-doutorado;
  • - Registro comprovado de conquistas científicas em biologia estrutural;
  • - Experiência em química de proteínas, crioEM e/ou cristalografia de raios X.

Outras características necessárias à vaga é que o condidado seja extremamente organizado e com personalidade detalhista. E que possua capacidade de trabalhar de forma independente e com uma equipe diversificada de cientistas, além de uma excelente habilidade interpessoal e de comunicação em inglês.

 Inscrições:

Os candidatos devem enviar um email para Dr.Calvo: < ecalvo@niaid.nih.gov > com currículo, uma carta de apresentação declarando interesse na pesquisa e três cartas de referência.

Para mais informações sobre os pesquisas desenvolvidas no Laboratrio do Dr. Eric Calvo, acesse: https://www.niaid.nih.gov/research/eric-calvo-phd

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